O que motiva a Flow a participar como expositora na edição de 2026 da SAGALEXPO, em Lisboa?
A SAGALEXPO é uma oportunidade única para reforçarmos a proximidade com os nossos clientes atuais e, ao mesmo tempo, criarmos novas ligações. Muitos dos expositores já trabalham connosco e este evento permite-nos estar presencialmente com eles, num ambiente mais próximo e colaborativo. Por outro lado, abre-nos portas a potenciais clientes e parceiros que procuram soluções inovadoras. É um palco onde podemos mostrar o que fazemos e, sobretudo, ouvir o que o setor precisa.
Qual é a importância desta feira para a estratégia de internacionalização da Flow?
A nossa internacionalização tem seguido, muitas vezes, o percurso dos nossos clientes. Quando expandem para outros países, acabam por nos levar consigo, porque confiam no nosso trabalho. Esta validação internacional é fundamental: mostra que a nossa tecnologia tem capacidade para competir em qualquer mercado e dá-nos confiança para crescer de forma sustentada. Internacionalizar não é apenas crescer — é abrir caminho para que a nossa solução tenha impacto global.
Que soluções pretende a Flow apresentar aos potenciais parceiros durante a feira?
Na Flow trabalhamos em estreita colaboração com os nossos clientes. São eles que muitas vezes nos desafiam a inovar e a criar novos módulos. Este espírito de co-criação faz com que, ano após ano, apresentemos novidades relevantes ao mercado: desde módulos de Manutenção, o SPC para controlo estatístico de processos, o de Business Intelligence para visualização de indicadores de gestão e o de Printing, que simplifica o desenho e impressão de etiquetas.. Mais do que mostrar tecnologia, queremos mostrar a evolução constante e a capacidade de adaptar o Flow às reais necessidades das empresas.
O que distingue o Flow Manufacturing das restantes soluções disponíveis no mercado?
Costumo dizer que antes de vendermos software, vendemos uma metodologia de gestão industrial. O Flow é fruto de quase 20 anos de experiência, mais de 100 mil horas de implementação e centenas de projetos na indústria alimentar. O nosso know-how é único, e isso reflete-se na própria solução. Para nós, isto é 80% consultoria e 20% tecnologia. O valor está na forma como ajudamos as empresas a gerir melhor, e não apenas na ferramenta em si.
As empresas que vos procuram hoje já utilizam algum tipo de serviço/tecnologia semelhante antes de optarem pela vossa solução? Qual é o ponto de situação em que normalmente vos contactam?
Na maioria dos casos, ainda não. Muitas continuam a gerir processos críticos em papel ou em folhas de Excel. Outras usam adaptações de softwares de faturação, que não dão resposta às exigências de uma gestão de produção moderna. Este vazio tecnológico é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade. Mesmo em países mais desenvolvidos, há ainda muito espaço para acelerar a digitalização industrial segundo os princípios da Indústria 4.0.
Como é feita a digitalização desses processos que hoje ainda são muitas vezes geridos em papel/excel?
O segredo está em simplificar. Primeiro, identificamos quais os dados realmente relevantes para a gestão da produção. Depois, configuramos o Flow para captar e transformar essa informação em indicadores claros e úteis para a tomada de decisão. Não se trata apenas de digitalizar papéis — trata-se de digitalizar processos, de repensar a forma como a indústria trabalha e tornar essa informação acessível e útil em tempo real.
Quais são os próximos passos da Flow no contexto da Indústria 4.0 e da transformação digital da indústria alimentar?
No curto prazo, queremos consolidar a nossa posição em Portugal, onde já somos líderes na digitalização da indústria agroalimentar. Mas o futuro passa por duas grandes apostas: a terceirização e a internacionalização. Estamos a criar uma rede de parceiros que possam implementar o Flow, tanto em território nacional como em mercados internacionais. É através dessa rede que vamos escalar o negócio e levar a nossa tecnologia para novos destinos.
Em que países já está presente a vossa tecnologia?
Atualmente, estamos presentes em Angola, Moçambique, França, Irlanda e Espanha. São mercados onde chegámos de formas diferentes, muitas vezes acompanhando clientes que já tinham projetos connosco. Agora estamos a estruturar uma estratégia de internacionalização mais sólida, porque sabemos que exportar tecnologia é também exportar serviços, e isso exige preparação. É um caminho desafiante, mas é o que nos vai permitir crescer de forma consistente e com impacto global.