As exportações da indústria alimentar e das bebidas para a União Europeia registaram um forte crescimento de 14,27% em setembro, totalizando €4.044 milhões. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o aumento foi de 15,17%, comparativamente ao mesmo período de 2023.
As vendas para países fora da União Europeia apresentaram um desempenho mais estável, com uma ligeira queda em setembro, mas ainda assim com um crescimento acumulado de 1,04% no ano, alcançando €1.925 milhões.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam uma diminuição do défice da balança comercial da indústria, que foi reduzido em 7,96% entre janeiro e setembro. As melhorias são visíveis tanto nas exportações para a União Europeia, que registaram um défice 7,51% menor, como nas transações com países fora da UE, que reduziram o défice para 6%.
“Os dados do INE demonstram um crescimento consistente nas exportações, refletindo o dinamismo do setor da indústria alimentar e das bebidas e indicam que a economia nacional se tem mostrado mais competitiva, o que é um sinal positivo para os próximos tempos. Relevam ainda que as empresas têm conseguido contornar fatores adversos e de imprevisibilidade, como os relacionados com a situação geopolítica e a cadeia de distribuição. Tudo indica que o setor deverá continuar a evoluir em direção à sustentabilidade, inovação e adaptação às novas exigências do consumidor, o que poderá gerar oportunidades significativas para as empresas que se ajustem a estas tendências”, afirma Jorge Henriques, presidente da FIPA.
A indústria alimentar e das bebidas mantém-se como o principal setor transformador da economia nacional, com um volume de negócios de €22,4 mil milhões e um valor acrescentado bruto de €3,8 mil milhões. Com mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos, o setor tem um papel crucial no desenvolvimento económico, especialmente nas regiões do interior do país, e no fortalecimento da autossuficiência alimentar de Portugal.