Aventurou-se pela cozinha muito cedo. O que despertou o interesse?
Os meus pais têm um restaurante e eles sempre cozinharam. Eu às vezes ia para os restaurantes ajudar e acho que comecei a ganhar o gosto. E depois comecei a estudar por mim mesma. A minha cozinha e a dos meus pais são diferentes. A dos meus pais é mais tradicional. Quando comecei a ganhar o gosto comecei a pesquisar e a ver coisas diferentes e testar em casa. Comecei a ajudar e percebi que gostava de fazer isso. Via imensos vídeos do Youtube e de cozinha e surgiu a vontade de experimentar. Pesquisava receitas diferentes e tentava fazer.
Como é que a família acompanhou o seu gosto pela cozinha?
Eles sempre encararam muito bem até porque é a área deles. Eles têm muito gosto que eu adira. Nunca me impingiram isso até porque os meus irmãos não gostam nada de cozinha, mas é óbvio que eles têm gosto.
A cozinha não foi um vocação imediata, mas agora faz parte do seu dia a dia. Está a aprofundar conhecimentos?
Fiz o secundário em Ciências e Tecnologias, andava a pensar em Enfermagem, mas depois percebi que não era de todo aquilo que eu queria fazer. Acabei por seguir Hotelaria e agora estou a acabar a licenciatura em Produção Alimentar e Restauração na Escola Superior de Hotelaria e Restauração do Estoril. Não foi a primeira opção até porque tinha um bocado de medo de seguir cozinha. Pensei em gestão hoteleira e depois acabei por não entrar por uma décima e hoje em dia penso: ‘Ainda bem que não entrei’. Se calhar se entrasse não ia ser a mesma coisa.
Tem conseguido testar na prática aquilo que aprende?
Este curso não é assim tão prático como parece. É muito teórico e tem muito a parte microbiológica e parte química e ajuda-me a perceber como é que as coisas acontecem mesmo em termos técnicos que um cozinheiro amador não tem, a perceber exatamente como é que as coisas funcionam, ajuda muito a identificar erros que acontecem, porquê e como é que os devemos corrigir. É um curso muito abrangente até porque também temos a parte da gestão, da saúde, económica, explora as várias áreas que implica trabalhar na Restauração. ´
Participou no programa ‘Masterchef’ que ofereceu alguma visibilidade. O que retira desta experiência?
Como nos dizem na produção, o Masterchef é uma rampa de lançamento e se quisermos a partir dali ter uma base para o que pretendemos porque temos a oportunidade para isso. Eles metiam-nos muito isto na cabeça, que o programa não é tudo e que não vai fazer de nós ‘estrelas’ para o resto da vida e portanto temos que trabalhar por nós. Comecei a pensar o que poderia fazer até acabar o curso como não ia estar no terreno para continuar no mundo da cozinha e continuarem a ouvir falar um bocadinho no meu nome. Comecei a fazer vídeos para as redes sociais e correu logo muito bem desde o início.
Está no TikTok onde faz receitas que todos conhecemos em tempo recorde, às vezes em menos de um minuto acaba por dar a conhecer vários pratos e sobremesas.
Hoje em dia, para o bem e para o mal, as coisas estão muito condensadas e temos de aprender o máximo no mínimo tempo possível. Sinto que o programa tem uma faixa etária muito mais elevada do que é a minha e queria tentar atingir o público que me é mais próximo. Optei pelo TikTok que é a rede social dos jovens e acho que é uma maneira simples e rápida de chegar a eles e também dar este gosto ou pelo menos tentarem fazer algo em casa.
Leia a entrevista completa AQUI!
@rita.camoesasPataniscas de Bacalhau!!! Quem adora também?? Ahahahha