As exportações de azeite produzido em Portugal aumentaram 12 vezes em volume e 18 vezes em valor, indica um novo estudo apresentado pelo setor oleícola, destacando o investimento e à modernização nesta indústria.
Este setor, no ano passado, contribuiu com um saldo positivo de “515 milhões de euros” para a balança comercial de Portugal, a qual foi “absolutamente negativa” no que toca ao setor agroalimentar, “que foi em 2022 de menos 5,2 mil milhões de euros”, explicou Pedro Santos, diretor-geral da empresa de consultoria Consulai, responsável pelo relatório, à Lusa.
“É um valor que nos deveria causar alguma vergonha”, porque Portugal tem “condições para poder ser diferente”, afirmou, frisando que, se existissem “muitos setores como o setor oleícola, [o país teria] certamente um valor diferente”.
O ‘peso’ de Portugal nesta área também tem vindo a crescer e, segundo Pedro Santos, o país já é hoje “o sexto maior produtor do azeite do mundo”, com possibilidades para crescer ainda mais, se houver ainda mais investimento e modernização do olival.
“Podemos crescer e entrar no ‘top 5’, claramente, dos maiores produtores de azeite do mundo”, ganhando “uma grande relevância [no setor] e, sobretudo, uma grande relevância nos maiores exportadores do mundo”, argumentou, realçando ainda que Portugal tem a vantagem de ter “das maiores produtividades do mundo” em “azeite por hectare”, é “o primeiro produtor a pôr azeite no mercado”, anualmente, e “mais de 95%, em alguns anos 98%”, do azeite que produz é virgem extra.