Segundo António Ventura, secretário Regional da Agricultura, o Queijo de São Jorge DOP é um candidato a Património Imaterial Mundial da UNESCO. O executivo açoriano acredita que o queijo possui uma qualidade única e merece reconhecimento global.
“Tendo em conta aquilo que é uma agricultura genuína em São Jorge, porque não há alteração do método de produção [do queijo], no modo como se obtém o leite e no modo como se transforma o leite – é, de facto, uma especificidade que tem 400 anos -, interessa que passe acima de DOP, tenha uma qualificação, um atributo, que o reconheça, novamente, a nível mundial”, justificou.
Para avançar com o procedimento, será criada uma comissão técnica para preparar a candidatura, que envolverá o Governo Regional, as autarquias, os produtores e a Federação Agrícola dos Açores. O processo de candidatura pode levar de um a dois anos.
“Isto [a candidatura] irá potenciar um dos bilhetes de identidade dos Açores e irá potenciar os nossos agroalimentos”, referiu.
Caso seja bem sucedida, a classificação mundial do queijo São Jorge DOP trará um novo impulso para a produção de leite na ilha. O queijo, produzido exclusivamente na ilha de São Jorge, é apreciado por sua qualidade e tradição, remontando ao século XV.