A região dos Vinhos de Lisboa decidiu antecipar as vindimas para o início de agosto, devido à seca, tendo estimado um aumento de 5% na produção face ao ano anterior.
Francisco Toscano Rico, presidente da CVR de Lisboa, explicou que a seca e o tempo quente aceleraram o processo de maturação das uvas, obrigando ao início de vindima mais cedo do que o habitual.
“Cada vez mais é difícil programar as vindimas por força das alterações climáticas, o que é um esforço imenso”, acrescentou, notando que a coincidência das vindimas com a colheita de outras frutas faz escassear a mão-de-obra para estes trabalhos sazonais.
A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) de Lisboa e Vale do Tejo espera um aumento na ordem dos cinco por cento na produção nesta vindima, totalizando cerca de 100 milhões de litros e 66 milhões de garrafas.
O presidente refere que as vindimas estão a andar a um bom ritmo e espera-se que sejam de grande qualidade.
Em 2022, a CVR Lisboa estima ter vendido 66 milhões de garrafas e faturado 150 milhões de euros em vinho certificado, sendo considerado o melhor ano de sempre.
As exportações representaram cerca de 80% da produção, alcançando 85 milhões de euros. Os principais mercados externos incluem os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Brasil, Polónia, Alemanha, Suécia, Finlândia, Israel, Irlanda e Coreia do Sul.
Até junho, as vendas de vinhos de Lisboa cresceram 3% em volume, com as exportações aumentando 2,5% em volume e 6,5% em valor.
Com dois mil produtores e uma área de 10 mil hectares de vinha, a região dos Vinhos de Lisboa possui oito vinhos e uma aguardente com Denominação de Origem, além de dois vinhos regionais de Lisboa, sendo um deles o único leve do país.