A distinção foi atribuída pela Subcomissão do Património Geológico da IUGS – International Union of Geological Sciences, entidade parceira da UNESCO na área da geociência, que reconheceu a importância histórica e a relevância arquitetónica das aplicações da brecha da Arrábida, aliadas aos valores geológicos, culturais e pedagógicos.
Esta rocha ornamental está presente em vários edifícios de elevado valor patrimonial, de que é exemplo maior o Convento de Jesus, no qual está instalado o Museu de Setúbal, mas também a Fortaleza de São Filipe, ambos classificados como Monumento Nacional, e a Casa do Corpo Santo.
É considerada atualmente um georrecurso extinto, dado que as últimas pedreiras encerraram na década de 70 do século XX, impossibilitadas de funcionar devido à classificação de zonas protegidas decorrentes da criação do Parque Natural da Arrábida.
O processo foi iniciado em 2019, numa investigação que contou com o envolvimento da Câmara Municipal de Setúbal no apoio à realização de um conjunto de visitas ao terreno e na disponibilização documental, o qual culminou em 2022 e cujo resultado foi agora divulgado.
A brecha da Arrábida junta-se às duas pedras que anteriormente tinham alcançado este estatuto em Portugal, concretamente o mármore de Estremoz e o calcário Lioz, passando a integrar o restrito leque de 32 rochas classificadas a nível mundial pela IUGS.