A Veja Portugal esteve à conversa com Constança Castello-Branco, Diretora de Marketing da New Sheet (entidade organizadora da Revenge of the 2000s), que levantou a ponta do véu sobre a nova experiência que promete agitar as noites de 2023.
Os bilhetes para a festa estão à venda em www.revengeofthe2000.com e nos pontos de venda físicos.
Como e quando é que perceberam que havia uma oportunidade para criar a ‘Revenge of the 2000s’?
Quando criámos a ‘Revenge of the 90s’ o nosso objetivo foi sempre criar uma experiência o mais imersiva e interativa possível para não ser só mais um evento dos anos 90, como há em todo o lado pelo País. Queríamos que fosse quase como entrar numa máquina do tempo. Foram cinco anos do projeto e vai ter seguimento, que não podemos revelar para já. Terá um upgrade 2.0.
Quanto tempo demorou o processo desde a ideia até à concretização?
A vontade de homenagear a década dos 2000 já vem quase há tanto tempo como a ‘Revenge of the 90s’, mas achámos que poderia ser um bocadinho prematuro fazer esta homenagem tão cedo ainda com as memórias muito quentes na cabeça. Na verdade, quando se ouve uma música de 2004 já se vê como um clássico.
Houve já uma festa piloto – a Revenge of the Millennium, no MEO Sudoeste, em 2019. Que retorno retiraram?
Fizemos um evento teste em 2019 e foi espectacular. Fomos muito a geração dos ‘Morangos com Açúcar’. Na altura, quem apresentou foi o Paulo Silver e o Paulo Vintém, que é um ícone dos D’zrt. Funcionou super bem, mas percebemos que para criar impacto e maior dinâmica tínhamos de esperar mais um bocadinho. Decidimos guardar o projeto e estar a polir. O ano passado na Queima das Fitas do Porto voltámos a testar e correu super bem.
Criámos um conceito e reunimos a nossa família ‘noventeira’ que é muito dedicada à nossa fórmula de falar one a one. Temos muitas pessoas que viveram os 90s, mas também temos muitas pessoas que vieram os 90s mais tardiamente e o inicio dos 2000. Já havia por isso um pedido e necessidade deste projeto existir, o que veio ajudar à nossa vontade.
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O que diferencia esta nova ‘Revenge’?
A ‘Revenge of the 2000s’ evolui em formato de espetáculo e vai aos momentos mais icónicos da cultura pop, dos momentos de televisão, a era do digital, com os primeiros jogos ou reality shows. É uma era muito mais fácil de trabalhar. Os anos 90 começam e acabam. Os 2000 têm isso também porque nos focámos na primeira década, mas há mais conteúdos e mais informação.
O que se pode esperar em termos de espetáculo?
Chamámos a Carolina Torres que é um dos ícones dos 2000, que vai ser uma das co-apresentadoras. Em termos de dinâmica, queremos que cada momento esteja associado a uma coisa que as pessoas usavam nos anos 2000. Quando se chega ao evento há um momento de discos pedidos e dedicatórias, em que as pessoas através de um link do bilhete podem fazer dedicatórias e pedir músicas. O layout que aparece é um chat do Messenger do MSN, que toda a gente usava para conversar. O que se vê no ecrã gigante é uma janela do Messenger com as mensagens a aparecer. Há logo nesse momento um primeiro momento de interação.
Depois vamos ter uma banda, e mais uma vez um momento interativo, em que fazemos uma alusão ao famoso jogo em que se controlavam pessoas. Na festa, o público vai poder controlar a banda, que vai estar preparada para tocar dois alinhamentos, A ou B. Além disso, vamos ter bailarinos vestidos de forma alusiva e o público vai poder controlar tal como fazia no jogo.
Vamos ter obviamente um momento dedicado ao HipHop e R&B, que foi super forte nos 2000, que estará a cargo do Miguel Galão, que também estava na Revenge of the 90s.
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E a dinâmica da ‘Viagem’ mantém-se.
Teremos a célebre viagem que não querendo revelar muito que terá os melhores segmentos de música pop, rock, brasileira ou latina. Temos artistas confirmados como os Mundo Secreto, o Cali dos Flow 212, Blasted Mechanism, Jetuga e o Luke D’Eça dos 4 Taste. Teremos mais surpresas que só serão revelados no próprio espetáculo.
A fórmula Revenge não se perde, mas terá um formato um bocadinho diferente. Abre-se a porta a quem viveu muito mais os 90 e ter a curiosidade do que se vai fazer nos 2000. Fazemos sempre a brincadeira em palco de quem é que nasceu nos anos 90 e quem viveu os anos 90 e é sempre muito dividido. Acho que o mesmo vai acontecer nos 2000.
A geração ‘Morangos’ vai ter uma homenagem enorme, não só porque a nível de storytelling há muito para explorar, o público e pessoas queridas da equipa que também fazem parte desta geração.
Estrear uma nova festa na noite de Passagem de Ano foi uma decisão estratégica?
É um risco enorme, mas não irracional. Como criámos durante cinco anos a gestão da marca ‘Revenge’ já levamos esse selo e ao mesmo tempo a pressão de ser mágico e diferente. A verdade é que o público não é totalmente o mesmo e por isso é um desafio o tom de comunicação. É um campo desconhecido, embora tenhamos experiência. Achámos que seria uma data icónica até porque já fizemos várias passagens de ano e como o mote é a viragem dos 90s para os 2000 ainda se torna mais mágico.
Quantas pessoas esperam ter?
O Centro de Congressos de Lisboa está preparado para oito mil pessoas. A nossa estimativa são os cinco a seis mil pessoas. O primeiro lote fizemos em modo blind ticket para percebermos quantas pessoas confiam em nós e em algumas horas esgotou. Foi surpreendente. Estamos a vender agora o segundo lote.
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O que se pode esperar da Revenge of the 2000s em 2023?
A partir de 2023 vamos fazer uma digressão com 12/13 datas com cidades já definidas, que a longo prazo vamos divulgar.