O poliestireno representa um dos novos desafios para a indústria de plásticos. O objetivo do presente e para o futuro é repensar a utilização deste componente e perceber de que forma pode ser transformado e ganhar uma nova vida, através do processo de reciclagem.
Um novo estudo da Virginia Tech, liderado pelo catedrático Guoliang “Greg” Liu, revela novas possibilidades para o poliestireno. Exposto à luz ultravioleta e adicionado um catalisador químico, este material potencia a criação de um novo produto – difenilmetano (DPM). Este é utilizado no “desenvolvimento de medicamentos, fabricação de polímeros e até mesmo como fragrância em produtos de consumo”, refere o artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O DPM tem um preço de mercado 10 vezes maior, comparado a outros materiais, e pode ser conseguido mais facilmente através da reciclagem do poliestireno.
O estudo foi mais longe e testou na prática os resultados que seriam possíveis de atingir a curto prazo. O resultado? Um processo altamente lucrativo e pouco dispendioso, na medida em que o poliestireno é já usado em larga escala em inúmeras indústrias.
“Acho importante que as pessoas percebam que grandes desafios globais, como o lixo plástico, podem ter múltiplas soluções. Na Virginia Tech, podemos contribuir com uma pequena peça para o grande quebra-cabeças e oferecer soluções para impactar positivamente o mundo”, referiu catedrático Guoliang “Greg” Liu à mesma publicação.
Caso se confirme o avanço do projeto, à acumulação excessiva de poliestireno em aterros sanitários poderá começar a ter os dias contados. Os investigadores procuram atualmente investidores para desenvolver a proposta.