Nascida no final dos anos 60, a Francesinha tornou-se um ícone nacional da região do Porto. A receita original continua envolta em segredo, em especial o molho, que agrada a portugueses e estrangeiros. Certo é que muitos tentam recria-la, outros apostaram numa versão alternativa. Alguns alcançaram o sucesso…
A VEJA Portugal esteve à conversa com Artur Ribeiro, proprietário do restaurante Lado B, situado no centro da baixa do Porto, em frente ao Coliseu, que tem a patente da Melhor Francesinha do Mundo, e um dos contemplados com o êxito.
Recentemente, o empresário pisou o risco e reinventou o típico prato do Porto ao torna-lo vegan. “De repente, tivemos muitos clientes a solicitarem-me uma versão vegan e depois de vários testes alcançámos o resultado que consideramos perfeito. A linha é a mesma do prato original, mas sem os produtos à base de carne. Utilizamos tofu fumado, salsicha de soja, salsichão vegetal, queijo à base de leite de coco e o molho vegetal”, explicou entusiasmado com a aceitação da receita entre as centenas de clientes, que diariamente provam e elogiam as suas francesinhas. “A versão vegan já representa cerca de 10 a 12 por cento das vendas. É um número bastante interessante”.
A receita mãe mantém-se intacta e lidera as preferências dos clientes. Apesar da elevada oferta existente no Porto e na região Norte, Artur Ribeiro não tem dúvidas de que o segredo do sucesso passa pela qualidade e o serviço. “São os pilares de qualquer negócio com bastante aceitação. Muitos podem achar que através do preço conseguem competir, mas estão enganados. A distinção só é possível pela qualidade dos produtos e o profissionalismo no serviço”, sublinhou.
No topo das preferências gastronómicas dos portugueses, o sucesso da Francesinha deve-se “à curiosidade pelos turistas nacionais e internacionais em provar o prato típico de outra região” e também o “misticismo em torno da receita”
Com o negócio a correr de vento em popa na baixa do Porto, o empresário pisca o olho a Lisboa e abre portas a um novo modelo de negócio. “Costumo dizer que somos mais conhecidos em Lisboa do que no próprio Porto, mas vamos aguardar para ver o que o futuro reserva”.